Os números mostram com frieza a importância de Sheilla em quadra. Eleita a melhor atacante nas duas últimas Superligas, a mineira é a maior pontuadora desta edição até o momento, com 462. São 23 pontos a mais do que a segunda colocada no ranking, a cubana Yusleyni Alvarez, já eliminada da competição com o Minas. Entre as atletas que ainda estão disputando as semifinais, a que mais se aproxima da oposta do Rio de Janeiro é Natália, do Osasco. Mas a distância é muito grande: são 100 pontos de diferença entre as duas.
Segundo o assistente técnico do Rio de Janeiro, Ricardo Tabach, Sheilla trabalha duro não apenas para ser destaque nas funções naturais de sua posição, mas também para superar suas limitações.
- Ela demonstra uma grande evolução na defesa. Ela sabe que tem essa deficiência e treina mais, dá uma atenção especial. Ela tem pré disposição para treinar todos os fundamentos. No ataque não precisa comentar, é uma das jogadoras mais espetaculares. Se puder evoluir mais na defesa, ela pode se tornar a melhor do mundo mesmo, a mais completa. É uma característica que ela tem buscado evoluir e tem tudo para conseguir.
Campeã mundial com o uniforme da seleção brasileira, Sheilla não conquista um título por um clube brasileiro há nove anos. A oposta garante que, apesar dos muitos prêmios individuais, sente falta e prefere as conquistas em grupo, e faz questão de dividir os méritos por seu desempenho acima da média com as companheiras.
- Nunca me preocupei com estatísticas individuais. Meu objetivo maior é pensar no título da competição e no coletivo. Se eu fiz um ponto foi porque alguém deu um bom passe, porque o levantamento foi bom. Não sinto uma motivação especial por ter do outro lado da quadra pessoas indo bem no mesmo fundamento que eu.
O que Sheilla não nega é seu poder de decisão. Segundo ela, a experiência adquirida nos 14 anos de carreira no vôlei faz a diferença nos momentos de pressão.
- Jogo desde muito nova, então é mais fácil lidar com a pressão de ter uma bola do jogo. Algumas jogadoras nasceram para isso, assim como outras nasceram para defender, levantar. É algo natural já.
Dos 462 pontos da mineira na competição, 394 foram de ataque; 54 de bloqueio e 14 de saque. Para aumentar a conta, a oposta entra em quadra às 10h deste sábado, contra o Pinheiros, pelo segundo jogo da semifinal da Superliga Feminina. Em caso de vitória, a equipe garante vaga na final e aguarda o vencedor do confronto entre Vôlei Futuro e Osasco.
Fonte: globo.com
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