Eram seis de um lado da quadra, e 2.006 do outro. O caldeirão prometido pelo Cruzeiro na noite de sexta-feira se concretizou no Ginásio do Riacho, em Contagem. A torcida cantou do início ao fim, provocou Michael, gritou e empurrou o time para uma vitória inapelável. Na quadra, a equipe mineira derrotou o Vôlei Futuro por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/23 e 25/20, fez 2 a 1 no confronto das semifinais e se classificou para disputar, no domingo de Páscoa, sua primeira decisão de Superliga masculina.
Agora, a promessa é de um caldeirão nove vezes maior para a final, que será disputada contra o Sesi. O palco da decisão será o Mineirinho, em Belo Horizonte, com capacidade para 17.800 pessoas. O confronto está marcado 24 de abril, às 10h.
Eleito o melhor da partida, o central Douglas, de 1,97m, passou por cima do bloqueio do Vôlei Futuro e comemorou o passaporte para a final.
- É muito difícil para um meio de rede da minha altura passar pelo bloqueio do Lucão e do Vissotto. A gente veio com um pressão muito grande de Araçatuba. E com o apoio dessa torcida maravilhosa a gente conseguiu se superar - festejou o jogador.
Antes de a bola subir, o ambiente no ginásio parecia tranquilo – por algum tempo. Cartazes de apoio a Michael nas arquibancadas; os adversários Ricardinho, Acácio e William batendo papo; jogadores do Vôlei Futuro brincando de bobinho. O clima sereno acabou quando Lucão parou para contar os passos da área de saque e reclamou que ela estava menor do que no dia anterior, quando o time paulista treinou no ginásio. Empurra placa para aqui e para lá, muita reclamação e pouco entendimento entre os dois times. Para completar, a torcida botou lenha na fogueira com provocações a Michael. Gritou “Richarlyson”, em referência ao jogador do Atlético-MG, que já foi envolvido em polêmicas relativas à homossexualidade, e completou com o coro “Doutor, eu não me engano, o Michael é atleticano”.
Fonte: globo.com
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