terça-feira, 19 de abril de 2011

SUPERLIGA MASCULINA: Decisão no DNA mineiro

Domingo de Páscoa, 10h, ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte. Após quase seis meses da mais equilibrada competição nacional de vôlei dos últimos anos, Cruzeiro e Sesi disputarão a final da 17ª Superliga Masculina. Para os mineiros, um sabor especial: além de ser sede da decisão, o estado terá um representante na final pelo sétimo ano consecutivo, pela primeira vez o time celeste, criado em 2006. A torcida deve lotar o ginásio e dar mais um show nas arquibancadas.

Desde a temporada 2004/2005 os mineiros são presença certa na finalíssima: além do Cruzeiro, o tradicional Minas foi quatro vezes finalista (entre 2006 e 2009), e o Montes Claros na última temporada. Porém, em apenas uma ocasião os mineiros levaram a melhor, em 2007, quando os minas-tenistas superaram os catarinenses e levantaram a taça pela quarta vez na história – conquistaram o tricampeonato entre 2000 e 2002.

Em 2005, após quatro jogos eletrizantes, Minas e Banespa chegaram para a quinta e decisiva partida no Mineirinho. Diante de mais de 17 mil torcedores, a equipe de São Bernardo conquistou o título, no tie-break, em duelo protagonizado por Nalbert, que anunciara sua ida para o vôlei de praia (depois ele voltou à quadra, jogando no Modena-ITA e ainda pelo próprio Minas).

Se os mineiros preferem esquecer aquele domingo no ginásio da Pampulha, a decisão traz boas lembranças para o ponta Filipe, um dos responsáveis pela atual fase do Cruzeiro. “Vencemos em 2005, em cima do Minas, com ginásio lotado. Eram 17 mil pessoas torcendo contra, lutamos e foi 3 a 2, em uma decisão muito apertada”, relembrou o jogador, à época no Banespa. Ele disputaria mais uma final, dois anos depois, pela Cimed.

Com muita vibração em quadra – característica facilmente notada com os gritos e saltos durante a partida – Filipe tem cativado a simpatia dos torcedores. Prova disso, a torcida grita seu nome sempre que vai ao saque. De rival em 2005 ele comemora o fato de estar do lado da torcida desta vez. “Domingo, teremos a torcida a favor e será mais intenso. É sempre bom receber o apoio. Foi assim que vencemos todas as partidas dos playoffs em Contagem. Estou com boa sensação e convido todos a comparecerem, pois será um jogão”, garante.

Contra os catarinenses

Nos anos seguintes, o catarinense Cimed foi o principal algoz. Em 2006, o Minas chegou para o quinto jogo com o moral de ter vencido a partida anterior, em pleno ginásio Capoeirão, em Florianópolis. Pelo segundo ano seguido, decepção no Mineirinho. O troco veio só no ano seguinte, quando os mineiros fecharam a série em 3 a 1. Dois jogadores que estarão vestindo a camisa do Cruzeiro, domingo, levantaram a taça: o oposto Samuel e o líbero Serginho.


Nas duas últimas temporadas, por acordo da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) com a detentora dos direitos de transmissão, a Rede Globo, a final passou a ser disputada em jogo único. Com mais dois títulos os catarinenses chegaram ao tetracampeonato, o último no ano passado, sem dar chances ao Pequi Atômico, vencendo por 3 a 0 no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Neste ano, a equipe do levantador Bruninho caiu nas quartas de final diante do Vôlei Futuro, que, na fase seguinte, foi a vítima do Cruzeiro. O Sesi eliminou o Minas, também em três jogos.

Fonte: MG Super Esportes.

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